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A região do Vale do Itajaí, localizada no estado de Santa Catarina, conta atualmente com quase um e meio (1,5) milhões de habitantes de diversas etnias. Historicamente foi habitada por diferentes Povos Indígenas, destacando-se o povo Xokleng Laklãnõ – que dominava a extensa faixa litorânea, do Paraná ao litoral do estado do Rio Grande do Sul.  Com o processo colonizador, iniciado em 1850, inúmeros conflitos se instalaram entre os imigrantes europeus e os Povos Indígenas no Vale do Itajaí gerando grandes atritos. Passando mais de 150 anos vários espaços/lugares-registro/memórias, que retomam a esse passado entre eles, os Museus podem ser identificados no território. Os espaços museologicos entram como uma ferramenta de auxílio na busca do cartografar histórica e culturalmente diferentes culturas regionais. Neste contexto, questionar a função efetiva dos museus na sociedade é por em prática a reflexão de como se entende e é exposta a memória coletiva de um povo, que no caso deste trabalho contempla a presença e ação indígena na região.  A entidade que coordena e promove a cooperação entre os Museus de Santa Catarina é o Sistema Estadual de Museus (SEM), órgão pertencente a Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Atualmente trinta e cinco (35) museus da Região do Vale do Itajaí estão cadastrados no sistema Estadual de Museus. Sendo assim, o trabalho, que se originou por meio do projeto de pesquisa PIPE/FURB integrado ao projeto FAPESC, buscou investigar nos trinta e cinco (35) museus da Mesorregião do Vale do Itajaí a representatividade das histórias e culturas Indígena do povo Xokleng Laklãnõ. A investigação, de cunho qualitativo e quantitativo, se constituiu em pesquisa bibliográfica, a partir dos acervos e meios disponíveis na Biblioteca Central da FURB, documental e social (questionários) envolvendo agentes, funcionários e colaboradores dos trinta e cinco (35) Museus pesquisados do Vale do Itajaí. Os resultados apontam à necessidade de espaços de preservação da cultura material indígena no Vale do Itajaí, no sentido de viabilizar espaços de registro/memórias específicos da história desta etnia.  Dentre outros pontos, também identificamos uma carência de pesquisas e pesquisadores atuando junto aos museus na identificação e preservação dos acervos. Pensar a cultura indígena por meio de artefatos e imagens individualizados, leva as pessoas a repensar e qualificar o lugar dos Povos Indígenas na sociedade via espaços/lugares-registro/memórias. Vigilantes, vinculados e desafiados aos processos históricos de difusão de culturas locais e regionais – valiosos exercícios e práticas interculturais.