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HETEROSSEXUALIDADE É MAIS CORRETA QUE A HOMOSSEXUALIDADE?
Clarice Klann Constantino, Celso Kraemer

Última alteração: 2014-07-11

Resumo


A pesquisa discute a temática da homoafetividade e da homofobia em escolas públicas do Vale do Itajaí-SC. O cotidiano social é permeado por manifestações da sexualidade, muitas vezes envolvendo estigmas e sofrimentos. Tais questões estão presentes no espaço e escolar, emvolvendo a experiência de professores, pais, estudantes e demais servidores. Embora nosso tempo vivencie profundas transformações, com maior eficácia na aplicação dos Direitos Humanos, evidenciando as questões éticas, ainda assim presenciamos atos fascistas, intolerantes e preconceituosos. A centralidade da escola dá-se por ela propiciar a socialização, que pode ser de tolerância e combate à hostilidade. Diversos relatos provindos da escola indicam que é nas questões de gênero que as práticas de intolerância manifestam-se de forma mais acentuada, junto com questões étnicas, religiosas, sociais, morais ou políticas, motivando agressão verbal, física, psicológica, etc. A arqueologia e a genealogia de Michel Foucault constituem a fundamentação metodológica da pesquisa, visando discutir a construção das identidades de gênero nos processos sócio-históricos. O levantamento empírico se fez por meio da aplicação de um questionário, em 16 escolas do Vale do Itajaí-SC. Das 21 questões, o presente trabalho faz um recorte de  uma questão referente à representação de estudantes e professores  que dizia: uma pessoa que assume a sua homossexualidade teria prejuízos à sua imagem? A análise das respostas indica que sim. Isso indica a contribuição desta pesquisa para uma abordagem crítica no combate ao preconceito e à violência envolvendo as questões de gênero nas socializações promovidas pela escola. Importa ter ciência que a heteronormatividade sexual tem causado sofrimento a professores e alunos não enquadrados nesse padrão.



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