No Brasil, de acordo com Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), cabe ao professor de ciências fazer a escolha do livro didático para adoção em sua escola. O professor seleciona a opção dos livros em um rol divulgado no manual do PNLD, que reúne resenhas das obras das respectivas editoras. Assim, surge o interesse das editoras em promover o seu livro didático a fim de garantir a sua escolha. Nesta direção, muitas editoras divulgam seus livros didáticos na revista Nova Escola (RNE) para atingir seu público específico, os professores. Com base nesta constatação, surgiu o interesse na realização de uma pesquisa, em fase de desenvolvimento, cujo objetivo é analisar o discurso dos textos publicitários sobre o livro didático de ciências divulgado aos professores na RNE. A opção de análise da RNE se deve ao fato que esta tem mais de um milhão de leitores, é comercializada em bancas de jornal e é distribuída pelas Secretarias do Estado da Educação de vários estados às escolas que fazem parte de suas redes de ensino, via convênio com MEC. A revista também mantém um sítio eletrônico que divulga na íntegra e gratuitamente o conteúdo das publicações. Na investigação, para coleta de dados selecionaram-se todas as propagandas de livros didáticos de ciências divulgadas na RNE, do mês de março de 1986 até dezembro de 2013. As propagandas foram fotografadas, digitalizadas e organizadas pelos anos das edições. Em fase de elaboração, o texto das propagandas está sendo interpretado com base na teoria  da análise do discurso e fundamentos teóricos sobre a história do livro didático e do ensino de ciências no Brasil. O estudo busca contribuir para reflexão do texto da propaganda  como objeto de análise para reflexão de aspectos históricos e conceituais do ensino de ciências difundido pelo livro didático.