Portal de Conferências da FURB, 2° Fórum Integrado da Pós-Graduação

Tamanho da fonte: 
A Influência das Redes na Internacionalização de Empresas
Dayana da Silva

Última alteração: 2018-02-06

Resumo


A globalização facilitou a interação entre as pessoas e países e desencadeou mudanças no ambiente de negócios. Juntamente com globalização surgem inúmeras oportunidades, como acesso a grandes mercados, as tecnologias, bens e serviços modernos, menos barreiras ao comércio e fluxos de capital para as organizações e governos. O que possibilita que cada organização desenvolva capacidades para explorar as oportunidades ocasionadas pela globalização, independente de serem grandes e médias ou mesmo pequenas empresas. Internacionalizar suas atividades é uma forma das empresas competir no mercado globalizado. Para conseguir entrar e identificar as oportunidades nesses mercados é preciso que as empresas tenham conhecimento sobre as características do mercado que pretendem entrar, podendo utilizar os relacionamentos com suas redes para alcançar esses objetivos. O fato dos mercados internacionais serem considerados ambientes altamente incertos, os configuram com maior dificuldade de previsão e controle. Devido às incertezas desses mercados desconhecidos a teoria comportamental explica que a internacionalização das empresas ocorre em um processo gradual. O Modelo de Uppsala de 1977 explica que o processo ocorre de forma gradual para que se possa adquirir conhecimento experimental do mercado internacional. As mudanças surgiram no mercado impulsionadas pela globalização e pela interação entre os mercados desencadeou uma adaptação do Modelo de Uppsala em 2009. Nessa nova abordagem o comprometimento do mercado é substituído pelo comprometimento da rede. A oportunidade de aprendizagem desencadeia uma posição da empresa dentro da rede, onde estará ocupando sua posição dentro da rede em vez de mercado. A distância deixa de ser psíquica e passa a ser à distância dentro da rede. O sistema de controle não determina mais o processo internacional e é substituído pela capacidade de se inserir na rede, onde se cria um posicionamento de desenvolver e também absorver conhecimento da rede. Diante desse contexto de negócios internacionais com base na teoria comportamental com o Modelo de Uppsala de 2009 o objetivo do presente estudo é contribuir para o debate sobre a influência das redes na internacionalização de empresas. O estudo é considerado exploratório porque serve para adquirir conhecimentos sobre determinado assunto. Com base em artigos publicados no Brasil e no exterior procurou-se formular algumas proposições que contribuirão sobre a discussão das influências das redes na internacionalização de empresas. Os resultados apontam que no processo de internacionalização de empresas as redes são consideradas fontes de conhecimentos, proporcionam aprendizagem sobre os processos legais e burocráticos, diminuem a percepção de riscos e incertezas dos mercados, desenvolvem relações de confiança e impulsionam o aumento do comprometimento de recursos nos mercados internacionais. Conclui-se nos estudos abordados que o uso de redes apresenta inúmeros benefícios para empresas no processo de internacionalização, sendo um mecanismo muito utilizado por empresas localizadas em vários países.

 

Palavras-chave: Globalização, Negócios Internacionais, Redes, Teoria Comportamental.


Texto completo: Sem título