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Jogos didáticos como recurso de ensino das quatro operações fundamentais para estudantes com dificuldades de aprendizagem
Priscila Baumgartel, Janaina Poffo Possamai

Última alteração: 2018-02-06

Resumo


Na década de 50, o ensino da Matemática era baseado em definições, teoremas e procedimentos mecânicos e sua finalidade era o pensamento lógico-dedutivo, a eficiência era centrada na competência do professor em transmitir o conteúdo. Essa realidade que parece tão distante temporalmente ainda pode ser observada em algumas condutas nas salas de aula. Diversas tendências em Educação Matemática, ao longo da história, foram discutidas visando modificar esse cenário, buscando pela melhoria do processo de ensino e aprendizagem da Matemática. Essa pesquisa discute a tendência de utilização de jogos, pois é possível perceber, que utilizando desse tipo de material, os estudantes se demonstram envolvidos com a atividade, sendo que para ser possível que eles façam parte do processo de ensino, o método utilizado deve conseguir fazer com que eles também se sintam parte desse processo. Durante uma atividade de jogo, pode-se explorar a resolução de problemas, sendo que a cada nova etapa são novos desafios a serem solucionados até o fim do jogo, os jogadores precisam pensar a respeito das suas estratégias e as implicações que terão no decorrer da atividade.  Nessa pesquisa que visa analisar a contribuição do uso de jogos didáticos no desenvolvimento do cálculo mental, referente as quatro operações fundamentais com números naturais, foram desenvolvidas e aplicadas seis atividades, em cada uma havia o jogo na versão manual e computacional e uma problematização acerca de situações que poderiam acontecer durante o jogo. A aplicação foi realizada com 17 estudantes de uma turma do Programa Estadual de Novas Oportunidades de Aprendizagem – PENOA, que estudam no sexto e no sétimo ano do Ensino Fundamental. Inicialmente foi realizada uma avaliação de diagnóstico e uma entrevista, como uma forma de verificar como os estudantes resolvem diferentes cálculos. Durante a execução das atividades a pesquisadora e também professora da turma, participou mediando a atividade e questionando os estudantes quanto ao processo de cálculo realizado, estimulando-os a pensar e justificar as escolhas realizadas em suas estratégias de jogo, dessa forma essa pesquisa se enquadra como uma pesquisa-ação qualitativa. Como resultado dessa dissertação há um caderno com as atividades desenvolvidas, que pode ser utilizado e adaptado por professores de acordo com a sua turma. Após a análise das atividades pode-se observar que os estudantes, que inicialmente utilizavam apenas o algoritmo, passaram a utilizar de algumas técnicas de cálculo mental, sendo que o momento do jogo propiciou aos estudantes um ambiente de interação, em que aconteciam trocas de conhecimentos que foram importantes para os que tinham uma maior dificuldade, entendessem e passarem a calcular mentalmente. O jogo também se mostrou um recurso que possibilita romper com a resistência em relação a matemática, permitindo que os estudantes sejam ativos na construção do seu próprio conhecimento.

Palavras-chave: Jogos didáticos; Ensino de Matemática; Cálculo Mental.



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