Portal de Conferências da FURB, 1° Fórum Integrado da Pós-Graduação

Tamanho da fonte: 
Nível de exercício físico, composição corporal e pico de massa óssea em estudantes universitários.
Robson Luiz Dominoni, Deisi Maria Vargas, Clóvis Arlindo de Souza

Última alteração: 2016-10-04

Resumo


Contextualização: A composição corporal reflete as condições de saúde de um indivíduo ou coletivo. Os elementos do estilo de vida, entre eles a prática de exercícios físicos, influenciam a composição corporal. Os estudantes universitários estão em uma fase de vida em que mudanças nos hábitos do estilo de vida podem afetar sua composição corporal, incluindo o pico de massa óssea. Objetivos: Avaliar a composição corporal e o perfil de exercícios físicos praticados por universitários com diferentes estilos de vida. Material e Métodos: Realizou-se um estudo observacional com 142 universitários, 74 de medicina (MED) e 68 de educação física (EF), com idade média de 22 anos (22.3 ± 2.9). Variáveis sociodemográficas, clínicas e de estilo de vida foram obtidas através de anamnese densitométrica. A densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar, corpo total, colo femoral e fêmur total, bem como a gordura corporal e a massa magra, foram aferidas por absorciometria por dupla emissão de raios-X, aparelho Hollogic Explorer. Definiu-se pico de massa óssea (PMO) inadequado quando Z-score < -1 DP em qualquer um dos sítios esqueléticos analisados. Indivíduos masculinos com porcentagem de gordura corporal maior ou igual a 25 e femininos com maior ou igual a 32 foram classificados como Gordura Corporal aumentada. Utilizou-se o Teste-t de Student, U de Mann-Whitney, qui-quadrado, correlação de Pearson e de Spearman e regressão logística binária. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa. Resultados: Os estudantes de EF praticam mais exercícios físicos do que os de MED (481 vs. 128 min/sem). A frequência de prática suficiente de exercícios físicos (>150 min/sem) foi maior no grupo EF (91.2% vs. 40.5%; p<0.01). Exercícios que influenciam a massa óssea foram mais frequentes entre os acadêmicos de EF (91,2% vs. 63,5%; p<0.01). O grupo MED apresentou maior frequência de PMO inadequado (52,7 vs. 14,7; p<0.01). O Z-score foi menor em todos os sítios nos discentes de MED. Os acadêmicos de EF apresentaram maiores médias de porcentagem de massa magra (74,6% vs. 68,3%; p<0,01) e menores de gordura corporal (21,7% vs. 28,1%; p<0,01). A frequência de gordura corporal aumentada foi maior entre os alunos de MED (43,2% vs. 17,6%; p<0,01). Não houve diferenças em relação à idade, gênero, IMC e ingestão de cálcio entre os grupos. Observou-se correlação positiva entre Exercício Físico (min/sem), massa magra (g e %) e DMO (g/cm2 e Z-score). Assim como correlação negativa entre Exercício Físico (min/sem) e Gordura Corporal (g e %). Os modelos de regressão logística demonstraram que a variável que melhor explicou o PMO foi o curso e para a gordura corporal foi o exercício físico. Conclusões: Demonstrou-se que, em estudantes universitários, um estilo de vida mais ativo contribui para uma composição corporal menos propensa ao desenvolvimento de doenças.


Texto completo: Sem título