O RETORNO DA OPINIÃO DO HOMEM COMUM NO CONCEITO DE RELEVÂNCIA NA INTERNET

  • Fernando Garbini Cespedes Universidade de São Paulo - Escola de Comunicações e Artes

Resumo

Os processos históricos de formalização da construção do conhecimento elegeram a Universidade, o método científico e o discurso verbal como principais fontes de conhecimento oficial (BAIRON), esta lógica foi extendida à produção de bens culturais, resguardando a apenas algumas instituições como a grande mídia, a indústria fonográfica, Hollywood e outros grandes produtores, os privilégios da produção do sentido e do pensamento.  Assim, ao homem ordinário (CERTEAU), restariam apenas as limitações do consumo e da fruição das frações de cultura impostas a ele pelas instituições credenciadas para tal. A internet, devido à sofisticação da linguagem hipermidiática (BAIRON) e da dificuldade de interação por parte de um usuário ainda não acostumado ao ambiente digital (SANTAELLA), mostra-se, inicialmente, como uma barreira adicional no abismo entre homem comum e cultura. Entretanto, em seu estágio atual, no qual a opinião do indivíduo é fator de peso na definição de quais conjuntos de conhecimento seriam relevantes ao usuário (JOHNSON), a internet e, mais especificamente, as redes sociais digitais podem, enfim, cumprir suas premissas de cooperação, descentralização, abertura, meritocracia e contribuição comunitária (CASTELLS), incluindo a opinião do homem comum, antes alheia, ao processo de construção de conhecimento e cultura.

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Publicado
Jun 2, 2013
Como citar
CESPEDES, Fernando Garbini. O RETORNO DA OPINIÃO DO HOMEM COMUM NO CONCEITO DE RELEVÂNCIA NA INTERNET. Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação, [S.l.], v. 6, n. 2, p. 125-142, jun. 2013. ISSN 1981-9943. Disponível em: <https://proxy.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/3568>. Acesso em: 30 nov. 2023. doi: http://dx.doi.org/10.7867/1981-9943.2012v6n2p125-142.
Seção
Artigos

Palavras-chave

construção do conhecimento, sistemas bottom-up, hipermídia, mecanismos de busca, redes digitais.